23 de fevereiro de 2008

Farta distribuição de bom-bocados

Ontem fui a um casamento. Já fazia algum tempo desde o último matrimônio a que fui, depois do boom de enlaces (quantos sinônimos, não?) do final do ano passado. O bacana de quando os casais resolvem juntas as escovas de dentes (olha, mais um!) são as formas bastante pessoais como cada um faz isso. Eu já elegi o melhor para mim, que seria numa festa em que eu e minha consorte leríamos nossos votos e ficaríamos juntos para todo o sempre, aquela bonita etc. e tal. Mas um grande amigo já me disse que, no que se refere a casamento, homem não apita nada! Nossa função é meramente de apoio e de acatar tudo que a mulher decide.

Tente explicar o conceito de democracia para sua noiva e depois venha aqui me contar o que aconteceu. Se sobreviver.

Na cerimônia de ontem, o noivo contratou uma mulher para se vestir de coração (não, você não leu errado) e lembrar a noiva vários momentos que tiveram juntos, além de várias particularidades de ambos. E uma que me chamou muito a atenção foi o fato da garota-propaganda do Chambnho cantar, entre um comentário e outro, músicas importantes para o casal. Eu sou bastante musical e referencial, meio mundo que já conversou meia hora comigo sabe disso. Às vezes um comentário, um cheiro, uma palavra, uma imagem fazem minha mente viajar e lembrar das coisas mais estapafúrdias. Tudo por culpa das associações que meu cérebro faz de forma quase que independente das minhas vontades.

Gostei muito da idéia das músicas. E não pude deixar de pensar em músicas que eu escolheria. Não faria como o noivo da minha prima, que escolheu (porque tem de ter sido idéia dele!) o tema de 2001 - Uma Odisséia no Espaço pra quando a noiva entrasse na igreja. Pra lá de romântico, não é?

Não.

No meu blog até então mais próspero, uma vez fiz uma lista de músicas que me lembravam várias pessoas. Hoje tal lista seria muito mais complexa e algumas músicas estariam listadas pra mais de uma pessoa, num tipo de intersecção referencial. Shows a que fui, lembranças que guardo, momentos compartilhados: essas coisas que compõem quem eu sou. Junto com um pouco de cada uma das pessoas do meu universo.

3 comentários:

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Axel Pliopas disse...

e... bixice da pergunta de lado, qual seria a música pra mim? ou só fico com o filme "Os Outros"?

cara... não é curioso que o elemento institucional (padre) que cumpre com os rituais do casamento é precisamente o mesmo que conduz a extrema unção?

ando pouco romântico?

Anônimo disse...

Carmina Burana é um excelente tema para a entrada da noiva na igreja. Talvez pela sensação de desespero e ansiedade que causa nas pessoas. Faze-las sentir a angústia do noivo.

Cara, bacana teres voltado a "bloguear". Já estava com saudades dos teus textos. Adicionar-te-ei dentre meus favoritos.

Abraços