Esses dias comemoraram os 18 anos da morte do Fred Mercury. Sempre achei graça dessa ideia de comemorar a morte de alguém. Se fosse pra realmente celebrar, eu sugeriria uma rave pela morte de Hitler, por exemplo. Três dias e três noites de festa, ao som de muito Hava Nagila techno.
Faz um ano que meu tio morreu e ele deixou saudade, isso sim. A casa aqui ficou maior do que antes e acho que finalente convenci meus pais a irem para outro lugar, o que vai ser uma boa pra todos. De repente, no meio dessa história de mudança, eu me escafedo pra um lugar só meu. Oremos.
Genial mesmo foi a homenagem (o que faz muito mais sentido) que a equipe responsável pelos Muppets fez. Se alguém ainda não viu, pode ver agora. Mas, como acho que todo mundo já deve ter visto isso, deixo o link fácil aqui pra quando eu quiser assistir de novo. :]
28 de novembro de 2009
The Muppets Rhapsody
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Mim, Tarzan.
Não é pequeno o número de mulheres que podemos encontrar usando roupas com motivos animais pelas ruas hoje em dia. Por "motivos animais", não me refiro a estampas de surfistas, urrú. Não, infelizmente estou falando de quem insiste em usar vestidos com estampas de oncinha. E, mais infelizmente ainda, não para por aí. Pra minha tristeza e maior decepção com a humanidade, agora é possível encontrar roupas com estampa de zebra e até tigre. É muita falta do que fazer, de verdade.
Numa boa, sabe quem tem direito a usar essas roupas? Quem vive no meio da selva e precisa matar pra sobreviver. Pra se aquecer dos rigores do inverno. Pra se proteger dos insetos. Pra mostrar que é um bravo guerreiro e deve ser respeitado por sua coragem e valentia. Porque, afinal de contas, não é todo mundo que consegue abater um tigre, convenhamos. Exige uma certa dose de esforço. O Russel Crowe, que é o Russell Crowe, precisou de um bocado de sorte.
Pessoas assim a gente corrige com uma boa e velha surra de Bíblia. Daquelas bem pesadas. Quando a mulher sente o peso da palavra, para com essas coisas.
(não, eu não estou defendendo a Bíblia de verdade. é que acho essa expressão - "surra de Bíblia" - muito foda e procuro utilizá-la sempre que surge a oportunidade!)
Numa boa, sabe quem tem direito a usar essas roupas? Quem vive no meio da selva e precisa matar pra sobreviver. Pra se aquecer dos rigores do inverno. Pra se proteger dos insetos. Pra mostrar que é um bravo guerreiro e deve ser respeitado por sua coragem e valentia. Porque, afinal de contas, não é todo mundo que consegue abater um tigre, convenhamos. Exige uma certa dose de esforço. O Russel Crowe, que é o Russell Crowe, precisou de um bocado de sorte.
Pessoas assim a gente corrige com uma boa e velha surra de Bíblia. Daquelas bem pesadas. Quando a mulher sente o peso da palavra, para com essas coisas.
(não, eu não estou defendendo a Bíblia de verdade. é que acho essa expressão - "surra de Bíblia" - muito foda e procuro utilizá-la sempre que surge a oportunidade!)
31 de agosto de 2009
Pão de queijo com doce de leite
Estamos andando pela rua, quando sou questionado:
- A pessoa não tem que morrer pra virar nome de rua?
Fico meio surpreso com a pergunta assim, do nada, mas respondo que "tem...tem, sim". Ao que ela aponta para uma placa onde lia-se claramente o nome do Galvão Bueno.
- E o que é aquilo ali?
- Então. É como eu disse, a pessoa tem que morrer!
C.q.d.
- A pessoa não tem que morrer pra virar nome de rua?
Fico meio surpreso com a pergunta assim, do nada, mas respondo que "tem...tem, sim". Ao que ela aponta para uma placa onde lia-se claramente o nome do Galvão Bueno.
- E o que é aquilo ali?
- Então. É como eu disse, a pessoa tem que morrer!
C.q.d.
12 de junho de 2009
Dias de trovão
Aos poucos, vou retomando meu exercício de escrever, que tá muito mais pra "ofício". Sempre preguei que a gente precisa gostar bastante do que faz e felizmente achei isso na escrita. São muitas as coisas que nos proporcionam prazer (profissionalmente falando, oks? se bem que...deixa pra lá), mas conheço poucas pessoas que estão realmente satisfeitas com seus atuais empregos. Aliás, a maioria dos que estão felizes com o que fazem hoje está em uma área diferente do curso da faculdade.
Não resolvi começar outro curso pra abandonar a Publicidade (e menos ainda para me entender, se alguém ainda pensa isso da faculdade de Psicologia). Não foram poucas as vezes em que critiquei e questionei a validade do que fazia (no passado, porque não tou empregado agora), mas procurei me ater à ideia de que eu devia ser o melhor no que fazia, mesmo que o que eu fizesse não fosse muito bonito. Em outras palavras, eu estaria cavando minha inevitável passagem pro inferno com esse pensamento. Era um trabalho sujo mas, ei, alguém tinha de fazê-lo. E algum outro clichê e/ou frase de efeito em que vocês conseguirem pensar.
Psicologia me dá prazer? A parte clínica dela, sim. Aquela em que uma pessoa para na sua frente, conta o que a está incomodando e você procura nos seus conhecimentos uma forma de aliviar o sofrimento dela*. Recentemente fui surpreendido (duas vezes) por uma pessoa que me alertou pro fato de que nem tudo serão felicidades e facilidades e muitas vezes vou ter de lidar com a frustração nesse trabalho. Por vários fatores. Seja por não ser capaz de ajudar a pessoa, porque ela não vai querer ser ajudada ou se ajudar e mais um monte de motivos que não consigo imaginar agora. E eu vi que estava só pensando na parte gostosa da profissão. Foi bom pra ficar atento pra isso desde já. Já cometi esse erro uma vez.
Por ora, continuo (entra música de ação) A Busca ao Emprego da Salvação! Enquanto não alcanço esse Nirvana empregatício, me embrenho por uns caminhos mais turvos e tortos. Vulgo "fazer freelas".
Nesse momento, eu entregaria meu cartão.
*Claro que esta é uma visão bem romântica e simplificada do que eu espero estar fazendo daqui a quatro anos e meio. Porque, sim, vou querer trabalhar nessa área, claro! Pelo menos por um tempo, pra sentir como é, ver quais são as vantagens, alegrias e tristezas. Daí decido se vou mesclá-la com o que já faço hoje ou não. Embora isso não seja exatamente uma opção. Conhecimento só se soma e se transforma, nunca se exclui.
Não resolvi começar outro curso pra abandonar a Publicidade (e menos ainda para me entender, se alguém ainda pensa isso da faculdade de Psicologia). Não foram poucas as vezes em que critiquei e questionei a validade do que fazia (no passado, porque não tou empregado agora), mas procurei me ater à ideia de que eu devia ser o melhor no que fazia, mesmo que o que eu fizesse não fosse muito bonito. Em outras palavras, eu estaria cavando minha inevitável passagem pro inferno com esse pensamento. Era um trabalho sujo mas, ei, alguém tinha de fazê-lo. E algum outro clichê e/ou frase de efeito em que vocês conseguirem pensar.
Psicologia me dá prazer? A parte clínica dela, sim. Aquela em que uma pessoa para na sua frente, conta o que a está incomodando e você procura nos seus conhecimentos uma forma de aliviar o sofrimento dela*. Recentemente fui surpreendido (duas vezes) por uma pessoa que me alertou pro fato de que nem tudo serão felicidades e facilidades e muitas vezes vou ter de lidar com a frustração nesse trabalho. Por vários fatores. Seja por não ser capaz de ajudar a pessoa, porque ela não vai querer ser ajudada ou se ajudar e mais um monte de motivos que não consigo imaginar agora. E eu vi que estava só pensando na parte gostosa da profissão. Foi bom pra ficar atento pra isso desde já. Já cometi esse erro uma vez.
Por ora, continuo (entra música de ação) A Busca ao Emprego da Salvação! Enquanto não alcanço esse Nirvana empregatício, me embrenho por uns caminhos mais turvos e tortos. Vulgo "fazer freelas".
Nesse momento, eu entregaria meu cartão.
*Claro que esta é uma visão bem romântica e simplificada do que eu espero estar fazendo daqui a quatro anos e meio. Porque, sim, vou querer trabalhar nessa área, claro! Pelo menos por um tempo, pra sentir como é, ver quais são as vantagens, alegrias e tristezas. Daí decido se vou mesclá-la com o que já faço hoje ou não. Embora isso não seja exatamente uma opção. Conhecimento só se soma e se transforma, nunca se exclui.
4 de junho de 2009
2 de junho de 2009
Anos dourados
Você sabe que está se tornando um universitário de verdade quando:
Evidência número 1
A professora te pega passando cola e te esculacha na frente da sala toda.
Evidência número 2
Na sua mochila são facilmente encontráveis maços de cigarro, isqueiros e fósforos de outras pessoas que não podem levar essas coisas pra casa porque os pais vão ver, brigar etc. e tal.
Evidência número 3
Qualquer prova em que se vá melhor (ou pior) vira motivo pra "bater um papo no bar antes de ir pra casa".
É impressionante. Tudo o que não fiz na outra faculdade, estou fazendo nessa. Aguardem pelos próximos capítulos. A qualquer momento, eu posso realmente aprender a jogar truco e começar a faltar às aulas pra participar de campeonatos de palitinho e coisas afins.
É muito ruim ser esculachado quando a outra pessoa tem razão. Eu sabia que não podia responder nem tentar uma gracinha pra amenizar a situação. Nunca colei simplesmente pelo fato de que não sei fazer isso! Falta de malícia-gingado-suíngue-malandro-das-ruas-bicho. Sempre parece que vou ser surpreendido com um holofote apontado na minha direção a qualquer momento, com o som de sirenes e latidos de cachorros não muito bem alimentados. É nervoso mesmo, então prefiro nem tentar. Ficou ainda mais bizarro quando a menina me puxou pelo braço porque queria "a resposta da três" e a mesma professora tinha visão total do que eu estava fazendo. Nem o Mar Vermelho forneceu um acesso tão bom pra Moisés.
Evidência número 1
A professora te pega passando cola e te esculacha na frente da sala toda.
Evidência número 2
Na sua mochila são facilmente encontráveis maços de cigarro, isqueiros e fósforos de outras pessoas que não podem levar essas coisas pra casa porque os pais vão ver, brigar etc. e tal.
Evidência número 3
Qualquer prova em que se vá melhor (ou pior) vira motivo pra "bater um papo no bar antes de ir pra casa".
É impressionante. Tudo o que não fiz na outra faculdade, estou fazendo nessa. Aguardem pelos próximos capítulos. A qualquer momento, eu posso realmente aprender a jogar truco e começar a faltar às aulas pra participar de campeonatos de palitinho e coisas afins.
É muito ruim ser esculachado quando a outra pessoa tem razão. Eu sabia que não podia responder nem tentar uma gracinha pra amenizar a situação. Nunca colei simplesmente pelo fato de que não sei fazer isso! Falta de malícia-gingado-suíngue-malandro-das-ruas-bicho. Sempre parece que vou ser surpreendido com um holofote apontado na minha direção a qualquer momento, com o som de sirenes e latidos de cachorros não muito bem alimentados. É nervoso mesmo, então prefiro nem tentar. Ficou ainda mais bizarro quando a menina me puxou pelo braço porque queria "a resposta da três" e a mesma professora tinha visão total do que eu estava fazendo. Nem o Mar Vermelho forneceu um acesso tão bom pra Moisés.
28 de maio de 2009
Bateria de provas
Mas que ideia improvável e impertinente essa dos meus professores resolverem me dar prova. E por uma semana inteira! Quando fiz Publicidade não tinha nada disso!
Oks, quando fiz Publicidade, nem matéria tive direito. Se teve uma coisa que me pegou de surpresa nessa faculdade de Psicologia é que a gente precisa estudar pra passar pro próximo semestre. Não é fantástico? Aliás, o conceito de ter uma semana inteira de provas (que vai se estender pela segunda e quarta-feiras da próxima semana) seria impensável dez anos atrás!
Esses dias um amigo meu - que também estudou Comunicação - comentou que eu, como ele, havia cometido o erro. Não concordo. Quando prestei meu primeiro vestibular, no longínquo ano de 1998, estava em dúvida justamente entre estudar Publicidade ou Psicologia e escolhi a primeira por não querer ter aula de biologia/anatomia/coisas-que-estavam-dentro-do-corpo-e-eventualmente-estariam-fora-para-ser-estudadas. Não era isso que eu imaginava pro meu futuro. Não era o que eu queria e não me arrependo nem um pouco de ter escolhido o curso na época. Minha primeira escolha sempre foi Publicidade de qualquer modo. Mas é claro que desanima um bocado quando você ouve o coordenador do seu curso falando que poderiam condensar a totalidade da matéria em apenas seis meses. E mesmo a coisa de não ter provas era estranha, vou confessar. Porém, também era conveniente e eles vendiam muito a ideia de que não é possível avaliar criatividade (ainda que poucas aulas realmente se preocupassem com isso), de forma que eu não me incomodava muito, de modo geral. Era diferente mas, vá lá, de repente era assim mesmo e pronto. Não era como se eu tivesse muita experiência em faculdades antes daquilo.
Então. Acontece que não é assim e pronto. Agora estou tendo de estudar e ralar de verdade. O que é muito bom, convenhamos. Se eu terminar os cinco anos do curso (pois é, faculdade de verdade dura cinco anos!) e realmente seguir com a vontade que tenho hoje, de clinicar, preciso ter uma base bem sólida de conhecimentos iniciais. Afinal, as pessoas vão confiar os cérebros delas nas minhas mãos e vou precisar saber o que fazer pra entregá-lo bacaninha no final do processo. Não é igual uma camisa que você lava, passa (odeio passar camisa, aliás) e pronto. Exige um pouco mais de trabalho e eu ficaria extremamente decepcionado comigo mesmo se não me dedicasse desde hoje e não levasse isso tudo muito a sério. E posso dizer que tou contente com o resultado até agora.
Sobre erros e acertos, sou a primeira pessoa a incentivar os outros a fazerem o que têm vontade, o que acham que vai ser mais válido para suas vidas. Sei muito bem que não estou livre de quebrar a cara (e quero muito conseguir um dia não falar disso nem dar tanta importância aos meus erros recentes - esse dia vai chegar, mas ainda não) mas reforço que a principal coisa é fazer o que temos vontade e, em termos de carreira e realização profissional, isso tem um puta peso.
Sobre as provas, era meio que inocência da minha parte achar que os problemas atuais não afetariam meu desempenho. Andei ficando bem estressado e não conseguindo me concentrar direito principalmente na outra semana, mas a iminência das provas ajudou a fazer com que me organizasse. Bom, pelo menos um pouco. Só não coloco uma foto do meu quarto aqui porque ainda tenho bom-senso.
E vale mencionar que uma das matérias que mais gosto hoje é justamente a biologia/anatomia/tralalá. Só que ela chama "bases biológicas aplicadas à Psicologia" e é extremamente difícil. É a única mancha no meu quadro de notas deste primeiro semestre. Os órgãos (que a gente chama de "peças") não viram pra você e dizem os nomes deles, a gente precisa mesmo revirar os livros pra entender como aquele monte de carne (e de músculos etc.) se chama. É difícil. Mas vale a pena.
Oks, quando fiz Publicidade, nem matéria tive direito. Se teve uma coisa que me pegou de surpresa nessa faculdade de Psicologia é que a gente precisa estudar pra passar pro próximo semestre. Não é fantástico? Aliás, o conceito de ter uma semana inteira de provas (que vai se estender pela segunda e quarta-feiras da próxima semana) seria impensável dez anos atrás!
Esses dias um amigo meu - que também estudou Comunicação - comentou que eu, como ele, havia cometido o erro. Não concordo. Quando prestei meu primeiro vestibular, no longínquo ano de 1998, estava em dúvida justamente entre estudar Publicidade ou Psicologia e escolhi a primeira por não querer ter aula de biologia/anatomia/coisas-que-estavam-dentro-do-corpo-e-eventualmente-estariam-fora-para-ser-estudadas. Não era isso que eu imaginava pro meu futuro. Não era o que eu queria e não me arrependo nem um pouco de ter escolhido o curso na época. Minha primeira escolha sempre foi Publicidade de qualquer modo. Mas é claro que desanima um bocado quando você ouve o coordenador do seu curso falando que poderiam condensar a totalidade da matéria em apenas seis meses. E mesmo a coisa de não ter provas era estranha, vou confessar. Porém, também era conveniente e eles vendiam muito a ideia de que não é possível avaliar criatividade (ainda que poucas aulas realmente se preocupassem com isso), de forma que eu não me incomodava muito, de modo geral. Era diferente mas, vá lá, de repente era assim mesmo e pronto. Não era como se eu tivesse muita experiência em faculdades antes daquilo.
Então. Acontece que não é assim e pronto. Agora estou tendo de estudar e ralar de verdade. O que é muito bom, convenhamos. Se eu terminar os cinco anos do curso (pois é, faculdade de verdade dura cinco anos!) e realmente seguir com a vontade que tenho hoje, de clinicar, preciso ter uma base bem sólida de conhecimentos iniciais. Afinal, as pessoas vão confiar os cérebros delas nas minhas mãos e vou precisar saber o que fazer pra entregá-lo bacaninha no final do processo. Não é igual uma camisa que você lava, passa (odeio passar camisa, aliás) e pronto. Exige um pouco mais de trabalho e eu ficaria extremamente decepcionado comigo mesmo se não me dedicasse desde hoje e não levasse isso tudo muito a sério. E posso dizer que tou contente com o resultado até agora.
Sobre erros e acertos, sou a primeira pessoa a incentivar os outros a fazerem o que têm vontade, o que acham que vai ser mais válido para suas vidas. Sei muito bem que não estou livre de quebrar a cara (e quero muito conseguir um dia não falar disso nem dar tanta importância aos meus erros recentes - esse dia vai chegar, mas ainda não) mas reforço que a principal coisa é fazer o que temos vontade e, em termos de carreira e realização profissional, isso tem um puta peso.
Sobre as provas, era meio que inocência da minha parte achar que os problemas atuais não afetariam meu desempenho. Andei ficando bem estressado e não conseguindo me concentrar direito principalmente na outra semana, mas a iminência das provas ajudou a fazer com que me organizasse. Bom, pelo menos um pouco. Só não coloco uma foto do meu quarto aqui porque ainda tenho bom-senso.
E vale mencionar que uma das matérias que mais gosto hoje é justamente a biologia/anatomia/tralalá. Só que ela chama "bases biológicas aplicadas à Psicologia" e é extremamente difícil. É a única mancha no meu quadro de notas deste primeiro semestre. Os órgãos (que a gente chama de "peças") não viram pra você e dizem os nomes deles, a gente precisa mesmo revirar os livros pra entender como aquele monte de carne (e de músculos etc.) se chama. É difícil. Mas vale a pena.
21 de maio de 2009
A espinha era a lei
Ontem eu devia estar com muita fome mesmo, ou então tenho algum tipo de ódio reprimido por peixes. Do fundo da minha alma, devo dizer que não guardo por eles nenhum rancor por relacioná-los com o cristianismo, nem acho que eles carreguem nenhum significado obscuro.
O caso é que dei uma mordida com tanta vontade no peixe que comi ontem no almoço que ainda agora consigo sentir uma espinha presa na minha garganta.
Acho que vou dar algum nome a ela e adotá-la de vez. Esse pode ser o início de um longo relacionamento.
19 de maio de 2009
Blue suede shoe
É sempre um saco quando seu tênis preferido começa a dar sinais de (excesso de) uso. E o solado vai soltando. Um saco.
16 de maio de 2009
More human than human
A Virada Cultural - um post atrasado porém necessário.
Acabo de ver aqui na Internet que neste final de semana haverá uma outra Virada Cultural, meio "lado B", em São Bernardo do Campo. As atrações, embora incluam o Lenine, não conseguem ofuscar o brilho do que foi a Virada Cultural de SP, a que eu fui. Foi minha primeira Virada, aliás. E tem gente me cobrando pra escrever sobre ela. Como faz muito tempo que ninguém me cobra pra escrever sobre nada, permito-me este momento de orgulho. E também porque fiquei entusiasmado com a ideia (agora sem acento) sobre isso.
Foi a primeira vez que saí de casa pra comparecer à Virada Cultural, o que é uma vergonha considerando que moro desde sempre ao lado de São Paulo e que tem gente que vem de outros Estados só pra esse evento. Pelo que andei lendo, as atrações de sempre estavam lá.
• Policiamento mínimo ou nulo: em algumas ruas por que passei, a segurança era feita por um cara que aparecia armado, do nada. E não, ele não era policial. Era alguém como eu ou você. Sò que, ah, sim, tinha uma arma.
• Ressaca moral: várias pessoas dormindo pelo chão do Teatro Olido e nos canteiros da Praça da República, entre mendigos e frequentadores. Não me cabe julgar quem não tem onde morar. Mas não era o caso de todo mundo ali, não.
• Banheiros químicos: o mesmo terror desde o Rock in Rio III.
Fui com os nobres amigos Daniel e Marcelo, com a corajosa missão de ver filmes de zumbi num cinema pornô do centrão. Juntaram-se a nós a Ananda e O Outro, que pretendiam participar de uns programas mais sérios. Felizmente conseguimos dissuadí-los dessa ideia furada e fomos pro infame Cine D. José. Logo na fila, sou abordado por duas garotas que queriam saber o que aconteceria lá. Fiz questão de frisar que os filmes exibidos não seriam os da programação normal do cinema, mas uma saudável mostra com filmes de zumbis.
- Mas zumbis....dos Palmares?
E a noite só tinha começado!
Se você ainda não teve o prazer de participar de uma plateia (também sem acento) que realmente se identifica com os personagens do filme e, mais do que isso, torce de corpo e alma por cada um deles, eu digo que é uma experiência incomparável. E que você está perdendo. Claro, é irritante quando as pessoas não param de falar durante a sessão e isso é imperdoável mesmo. Menos lá. Menos naquele dia. Menos durante Dellamorte Dellamore.
Todos éramos um só. A cada cena do filme, a cada morte, a cada acontecimento absurdo (foram muitos!), os espectadores irrompiam em aplausos e gritos. Acho que não tem cena melhor pra explicar isso do que a que mostrava o coveiro Francesco Dellamorte tirando a roupa da viúva em cima do túmulo do marido dela, o finado Augusto. Aos primeiros sinais de que o morto se levantaria, a plateia vibrava. Quando ele finalmente levanta e, enfurecido, avança em direção à esposa infiel, o cinema veio abaixo. A uma só voz,com emoção autêntica, a plateia bradava:
- Augusto! Augusto! Augusto!
Foi incrível! E só não posso dizer que foi inigualável porque, logo a seguir, o cinema exibiu Planet Terror do Robert Rodriguez, com direito ao trailer falso de Machete antes do filme. Preciso falar mais alguma coisa?
Conclusão? A melhor atração de todo o evento foi o conjunto da Mostra de Zumbis com a participação de todos os espectadores. Sem dúvida, minha melhor sessão de cinema de todos os tempos.
Se você ainda não ouviu "Paciência", do Lenine, vá até o canto da sala e bata nas suas costas com uma vara de marmelo. Depois de se punir muito, ouça a música. Altos vale a pena.
Acabo de ver aqui na Internet que neste final de semana haverá uma outra Virada Cultural, meio "lado B", em São Bernardo do Campo. As atrações, embora incluam o Lenine, não conseguem ofuscar o brilho do que foi a Virada Cultural de SP, a que eu fui. Foi minha primeira Virada, aliás. E tem gente me cobrando pra escrever sobre ela. Como faz muito tempo que ninguém me cobra pra escrever sobre nada, permito-me este momento de orgulho. E também porque fiquei entusiasmado com a ideia (agora sem acento) sobre isso.
Foi a primeira vez que saí de casa pra comparecer à Virada Cultural, o que é uma vergonha considerando que moro desde sempre ao lado de São Paulo e que tem gente que vem de outros Estados só pra esse evento. Pelo que andei lendo, as atrações de sempre estavam lá.
• Policiamento mínimo ou nulo: em algumas ruas por que passei, a segurança era feita por um cara que aparecia armado, do nada. E não, ele não era policial. Era alguém como eu ou você. Sò que, ah, sim, tinha uma arma.
• Ressaca moral: várias pessoas dormindo pelo chão do Teatro Olido e nos canteiros da Praça da República, entre mendigos e frequentadores. Não me cabe julgar quem não tem onde morar. Mas não era o caso de todo mundo ali, não.
• Banheiros químicos: o mesmo terror desde o Rock in Rio III.
Fui com os nobres amigos Daniel e Marcelo, com a corajosa missão de ver filmes de zumbi num cinema pornô do centrão. Juntaram-se a nós a Ananda e O Outro, que pretendiam participar de uns programas mais sérios. Felizmente conseguimos dissuadí-los dessa ideia furada e fomos pro infame Cine D. José. Logo na fila, sou abordado por duas garotas que queriam saber o que aconteceria lá. Fiz questão de frisar que os filmes exibidos não seriam os da programação normal do cinema, mas uma saudável mostra com filmes de zumbis.
- Mas zumbis....dos Palmares?
E a noite só tinha começado!
Se você ainda não teve o prazer de participar de uma plateia (também sem acento) que realmente se identifica com os personagens do filme e, mais do que isso, torce de corpo e alma por cada um deles, eu digo que é uma experiência incomparável. E que você está perdendo. Claro, é irritante quando as pessoas não param de falar durante a sessão e isso é imperdoável mesmo. Menos lá. Menos naquele dia. Menos durante Dellamorte Dellamore.
Todos éramos um só. A cada cena do filme, a cada morte, a cada acontecimento absurdo (foram muitos!), os espectadores irrompiam em aplausos e gritos. Acho que não tem cena melhor pra explicar isso do que a que mostrava o coveiro Francesco Dellamorte tirando a roupa da viúva em cima do túmulo do marido dela, o finado Augusto. Aos primeiros sinais de que o morto se levantaria, a plateia vibrava. Quando ele finalmente levanta e, enfurecido, avança em direção à esposa infiel, o cinema veio abaixo. A uma só voz,com emoção autêntica, a plateia bradava:
- Augusto! Augusto! Augusto!
Foi incrível! E só não posso dizer que foi inigualável porque, logo a seguir, o cinema exibiu Planet Terror do Robert Rodriguez, com direito ao trailer falso de Machete antes do filme. Preciso falar mais alguma coisa?
Conclusão? A melhor atração de todo o evento foi o conjunto da Mostra de Zumbis com a participação de todos os espectadores. Sem dúvida, minha melhor sessão de cinema de todos os tempos.
Se você ainda não ouviu "Paciência", do Lenine, vá até o canto da sala e bata nas suas costas com uma vara de marmelo. Depois de se punir muito, ouça a música. Altos vale a pena.
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15 de maio de 2009
Revisão de anatomia
Agora parei pra pensar no título deste post* e nos significados possíveis dele. Não, não se trata de você pegar seu braço e falar "oks, ele fica ao lado do tronco". Nem de verificar se suas pernas ainda são duas e ficam embaixo da cintura. E menos ainda de olhar pro meio das pernas e emendar "ufa, todos os membros conferem.", seu engraçadinho.
A razão do título dele ser "Revisão de anatomia" e eu estar escrevendo, novamente, um post (como há tempos não faço) é a seguinte: são três e meia da manhã e eu precisaria acordar daqui a duas horas pra tomar banho e sair pra minha aula-de-sábado-revisão-de-anatomia-pra-prova-prática-de-olhar-pra-uma-glândula-e-saber-o-nome-dela. E o que você faz na noite anterior a um evento tão importante pra sua nota final do semestre?
Fácil. Sai pra beber!
O resultado é que amanhã vou estar cansado e derrubado e demolido. Mas eu vou assim mesmo, porque a aula é interessante, além de ser importante. É uma das matérias que eu mais gostei nesse curso de Psicologia. Ah, é. Comecei a estudar Psicologia. Não te falei? Pois é. Se você não sabe isso é porque provavelmente não somos amigos a ponto de um chamar o outro pra ser padrinho do seu casamento...ou então é porque faz tempo que não escrevo aqui. Das duas, uma.
*Aqui cabe um parêntese**. Faz tempo que não uso a palavra "post". Aliás, faz muito tempo que não faço nada tão relacionado a ter um blog. E faz muitos anos que não me considero um blogueiro. Acho que vou me chamar de "um cara que escreve". E só.
**Uau. Eu consegui incluir asteriscos*** pra explicar uma coisa onde já tinha usado asterisco pra explicar outra coisa. Acho que nunca fiz uma coisa tão subversiva, introspectiva e cool em toda minha vida. Palmas pra mim.
***A verdadeira razão pra ter começado com esses asteriscos é que as pessoas geralmente dizem "cabe um parênteses" e essa expressão parece muito errada, mesmo que ela não tenha sido afetada pela nova reforma da ortografia - e, convenhamos, não teria como ser influenciada mesmo, mas só quem sabe o que é ortografia perceberia isso sem que eu precisasse apontar. O caso é que não parece certo falar no singular, porque parênteses sempre vêm em dupla****. Como Lennon e McCartney. Roberto e Erasmo. Pena Branca e Xavantinho. Mentos e Coca.
****Vamos concordar que fica o singular por ser gramaticamente correto ou então deixamos "cabem parênteses", porque faz mais sentido. E chega dessa putaria de asteriscos. Isso tá quase merecendo um novo post*.
A razão do título dele ser "Revisão de anatomia" e eu estar escrevendo, novamente, um post (como há tempos não faço) é a seguinte: são três e meia da manhã e eu precisaria acordar daqui a duas horas pra tomar banho e sair pra minha aula-de-sábado-revisão-de-anatomia-pra-prova-prática-de-olhar-pra-uma-glândula-e-saber-o-nome-dela. E o que você faz na noite anterior a um evento tão importante pra sua nota final do semestre?
Fácil. Sai pra beber!
O resultado é que amanhã vou estar cansado e derrubado e demolido. Mas eu vou assim mesmo, porque a aula é interessante, além de ser importante. É uma das matérias que eu mais gostei nesse curso de Psicologia. Ah, é. Comecei a estudar Psicologia. Não te falei? Pois é. Se você não sabe isso é porque provavelmente não somos amigos a ponto de um chamar o outro pra ser padrinho do seu casamento...ou então é porque faz tempo que não escrevo aqui. Das duas, uma.
*Aqui cabe um parêntese**. Faz tempo que não uso a palavra "post". Aliás, faz muito tempo que não faço nada tão relacionado a ter um blog. E faz muitos anos que não me considero um blogueiro. Acho que vou me chamar de "um cara que escreve". E só.
**Uau. Eu consegui incluir asteriscos*** pra explicar uma coisa onde já tinha usado asterisco pra explicar outra coisa. Acho que nunca fiz uma coisa tão subversiva, introspectiva e cool em toda minha vida. Palmas pra mim.
***A verdadeira razão pra ter começado com esses asteriscos é que as pessoas geralmente dizem "cabe um parênteses" e essa expressão parece muito errada, mesmo que ela não tenha sido afetada pela nova reforma da ortografia - e, convenhamos, não teria como ser influenciada mesmo, mas só quem sabe o que é ortografia perceberia isso sem que eu precisasse apontar. O caso é que não parece certo falar no singular, porque parênteses sempre vêm em dupla****. Como Lennon e McCartney. Roberto e Erasmo. Pena Branca e Xavantinho. Mentos e Coca.
****Vamos concordar que fica o singular por ser gramaticamente correto ou então deixamos "cabem parênteses", porque faz mais sentido. E chega dessa putaria de asteriscos. Isso tá quase merecendo um novo post*.
13 de abril de 2009
Momento "cante e bata palmas com Adriano"
Duas coisas que tenho obrigação de aprender antes de morrer. Cantar e surfar. Essa música é toda vocalizada e tem tudo a ver com final de semana em cima de uma prancha.
Todo mundo junto!
Atenção para o misto de Daniel LaRusso e...sei lá, Patrick Swayze na janela.
Todo mundo junto!
Atenção para o misto de Daniel LaRusso e...sei lá, Patrick Swayze na janela.
11 de março de 2009
Muito pode mudar em um dia
- Quer dançar?
- Com você, sempre.
- Com você, sempre.
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23 de janeiro de 2009
Pensamentos impensáveis - 01
Quando estiver passando roupa, sempre olhe pra que lado está virado o ferro antes de esticar a mão pra pegá-lo. Sempre.
22 de janeiro de 2009
"Também te amo."
Em essência, a tecnologia existe para tornar mais fácil a vida dos homens. Não só dos homens, como das mulheres e até de alguns cachorros, em alguns casos.
O meu primo (na verdade, filho do primeiro casamento da esposa do meu primo - mas vamos chamá-lo de "meu primo" que é muito mais fácil) disse que meu celular permite bloquear alguns conteúdos para que só algumas pessoas possam ver. Fotos, mensagens, essas coisas. Não sou exatamente um perito nas capacidades extracurriculares do meu celular. Sei que ele faz e recebe ligações, recebe e envia mensagens de texto, tira fotos, toca música etc. e já tá de bom tamanho. Estava voltando hoje de uma sessão bastante inusitada de fotos quando resolvi fuçá-lo, meu celular. E, muito por acaso, entrei na parte de modelos de mensagens SMS. Aquelas que a gente usa quando não tem tempo ou é muito preguiço para pensar e escrever uma mensagem completa.
"Desculpe meu atraso, estarei aí às...."
"Estou em reunião, ligue às.."
"Também te amo."
Peraí. "Também te amo"? Isso é o cúmulo da ociosidade e do anti-romantismo! Ou antirromantismo, ainda não me acostumei às novas regras de ortografia. Qualquer pessoa que tem a coragem de mandar uma mensagem dessas não só abusa dos benefícios da tecnologia, mas deve ter um caroço de abacate no lugar do coração. Puta sacanagem! É, também te amo. Fique com o troco. Dois, um sem gelo e o outro pra viagem. A gente se fala.
E nem vou falar sobre a pessoa que resolveu colocar essa mensagem lá. Essa, se teve um bicho de estimação, era um tamagochi. Que morreu de desgosto.
Tremenda frase feita, mecânica. Outra coisa em que não sou perito é em romantismo. Mas até eu sei que isso não se caracteriza como.
O meu primo (na verdade, filho do primeiro casamento da esposa do meu primo - mas vamos chamá-lo de "meu primo" que é muito mais fácil) disse que meu celular permite bloquear alguns conteúdos para que só algumas pessoas possam ver. Fotos, mensagens, essas coisas. Não sou exatamente um perito nas capacidades extracurriculares do meu celular. Sei que ele faz e recebe ligações, recebe e envia mensagens de texto, tira fotos, toca música etc. e já tá de bom tamanho. Estava voltando hoje de uma sessão bastante inusitada de fotos quando resolvi fuçá-lo, meu celular. E, muito por acaso, entrei na parte de modelos de mensagens SMS. Aquelas que a gente usa quando não tem tempo ou é muito preguiço para pensar e escrever uma mensagem completa.
"Desculpe meu atraso, estarei aí às...."
"Estou em reunião, ligue às.."
"Também te amo."
Peraí. "Também te amo"? Isso é o cúmulo da ociosidade e do anti-romantismo! Ou antirromantismo, ainda não me acostumei às novas regras de ortografia. Qualquer pessoa que tem a coragem de mandar uma mensagem dessas não só abusa dos benefícios da tecnologia, mas deve ter um caroço de abacate no lugar do coração. Puta sacanagem! É, também te amo. Fique com o troco. Dois, um sem gelo e o outro pra viagem. A gente se fala.
E nem vou falar sobre a pessoa que resolveu colocar essa mensagem lá. Essa, se teve um bicho de estimação, era um tamagochi. Que morreu de desgosto.
Tremenda frase feita, mecânica. Outra coisa em que não sou perito é em romantismo. Mas até eu sei que isso não se caracteriza como.
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